Programa de pós-graduação em estudos linguísticos: POS-LIN
Seminário on-line de Linguistica Aplicada: semana 16 - 06 a 12 de junho de 2005
Profa.: Vera Menezes / Autor: Rômulo Francisco de Souza - romim_it@yahoo.it
Introdução
Conceitos
Tipologia
Descobrindo
Estratégias e aquisição
Leitura complementar
Referências bibliográficas
Quando você se depara com um problema e tanta contorná-lo ou soluciná-lo com os meios que você tem à sua disposição, ou ainda quando você traça planos e se perpara para alcançar uma meta, você está agindo estrategicamente. O mesmo pode-se dizer de um aprendiz que monitora seu próprio aprendizado, que busca ter contato com falantes nativos para praticar a língua, ou que, em uma conversação, tenta usar sinônimos ou paráfrases para preencher o espaço de uma palavra que ele ainda não conhece. Essa página vai lidar exatamente com essas "estratégias de aprendizagem".
Oxford (2001) explica, suscintamente, as seis estratégias da seguinte maneira:
Estratégias cognitivas: permitem que o aprendiz manipule diretamente o material linguístico de diversas maneiras: através do racioncínio, análise, tomada de notas, resumo, sínteses, rascunhos, reorganizando informações para desenvolver esquemas (estruturas de conhecimento), praticando em contextos naturais, etc.
Estratégias metacognitivas: são usadas para a administração do aprendizado. Ex: identificar o próprio estilo de aprendizagem, preparar-se para uma tarefa em L2, conseguir materiais, organizar o local de estudo, monitorar os próprios erros, avaliar o sucesso em tarefas e também do próprio aprendizado.
Estratégias de memória (ou mnemônicas): ajudam os aprendizes a memorizar novos elementos através de associações, nem sempre significando aprendizado profundo. Ex: observar acrônimos, fazer associações com rítmos, imagens mentais, sons, com o próprio corpo, meios mecânicos, etc.
Estratégias de compensação: ajudam o aprendiz a utilizar a língua, superando a sua falta de conhecimento sobre ela. Ex: Adivinhar inteligentemente pelo contexto, usar sinônimos, parafrasear, evitar um tópico, etc.
Estratégias afetivas: Ex: identificar o próprio nível de ansiedade, compartilhar sentimentos, sentir-se recompensado por uma boa performance, encorajar-se, etc.
Estratégias sociais: auxilia o aprendiz a trabalhar com os outros e compreender a cultura alvo, assim como a língua. Ex: fazer perguntas para obter uma verificação, para esclarecer um ponto não compreendido, pedir ajuda para durante uma tarefa, comunicar-se com um falante nativo, explorar normas sociais e culturais, etc.
Oxford (2001) cita os resultados de algumas pesquisas, mostrando a relação encontrada entre os 6 tipos de estratégias e a fluência em segunda língua.
Segundo ela, as estratégias cognitivas, metacognitivas, de compensação e social estão diretamente ralacionadas à proficiência em L2. Por outro lado, as estratégias de memória e afetiva parecem não se relacionarem diretamente com a proficiência.
Com relação às estratégias de memória, ela explica que a provavél razão dessa relação negativa seria o fato de que tal estratégia seria frequentemente utilizada nos estágios iniciais e, posteriormente, deixada de lado nos estágios finais, já que, nesses estágios, o vocabulário aumenta consideravelmente e o aprendiz tem necessidade de uma maior automatização.
Com relação à estratégias afetivas, uma explicação poderia estar no fato de que quanto mais o aprendiz caminha em direção à fluência, menos ele precisará dessa estratégia. Talvez isso se dê por causa do uso contínuo e eficaz das estratégias cognitivas, metacognitivas e sociais, no que tange a proficiência.
OXFORD, Rebecca. Language Learning Strategies: An Update. University of Alabama. 1994 <https://www.ericdigests.org/1995-2/update.htm>. Acesso em: 10 abril de 2018
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ELLIS, Rod. The study of Second Language Acquisition. Oxford. Oxford University Press, 1994.
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SABARIZ, Silvana Agostini. Aprendizagem de língua inglesa via internet: estratégias de aprendizagem e manifestações da autonomia do aprendiz. 2004. dissertação (Mestrado em Linguística Aplicada) - Faculdade de Letras, UFMG, Belo Horizonte.
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